30 de jan. de 2006

Que morra toda a raiva, passe todo o ódio e ainda reste meu coração...

26/10/2005

Foi rezando sozinha,
que pedi pela verdade
Nua, crua,
pedi a verdade gelada e
sem rodeios, destemperada.

Com toda a fé,
toda a vontade,
pedi pra saber com clareza,
pedi a transparência dos fatos,
dos atos,
a realidade.

E como todo pedido sincero,
vi atendido meu anseio, respondidas
minhas perguntas, resolvido
cada dilema.

Eu vi a verdade.
Senti seu gosto amargo
em mim
Sua frieza indelicada e cruel.
A verdade esbarrou em mim
me descontruindo com sua força.

A verdade, sem cerimônia
veio me despedaçando,
partindo, levando,
flecha certeira e afiada
bem na mira das minhas ilusões
A verdade devastou meus pensamentos, contentos.

Ela veio por mim,
Mas tão forte assim,
que resta pouco,
quase nada
e desce forçada pela garganta
dissolvendo esse lado doce,
substituindo qualquer ingenuidade.

A verdade é presente
E eu, que era saudade,
Sou só a verdade
e o fim.

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