Melhor assim.
Golpe único às pancadas lentas, queda fulminante no 1º round. Demolição total ao desmoronamento gradativo, quando são as migalhas de mim que se espalham, gradativamente... Antes cair de vez à ver o chão chegar aos poucos, sem que se possa evitar...
Que sentido faz prolongar a queda - me manter suspensa entre as dúvidas e incertezas, quando a vertigem não passa, quando sinto que cada segundo é último (que o chão está próximo!) e sofro, por antecedência, a dor de um impacto que não vem, sentindo em cada pedacinho uma pontada, imaginando, ai, a expectativa do choque final, do ponto fatal, ai, se esse "fim" não chega.................
Nada! Se é pra sofrer que seja depois e não durante. Sinto essa dor sem medo e enfrento os fantasmas de uma só vez.
Se é mesmo do chão, lá, do fundo do poço, que encontro força pra ficar de pé, se é no chão que acordo e não na queda, porque do chão, ah, do chão não se passa!
Nada mais a fazer. Sei que morro agora, mas, sim, foi dose única e letal e se quer mesmo matar, vem assim, nada de assoprar meu coração.
Então deixa estar. Deixa ser, deixa doer... porque a dor do amor é a mais rica e até doendo se ama um pouco (o outro pouco se chora, enquanto a morte vem).
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