"Fico perguntando como é que aqueles que não escrevem, não compõem, nem pintam, conseguem escapar do medo, que é inerente à condição humana"
Graham Green.
Não procure a verdade no meio das palavras. Palavras são ricas, densas e lindas, lidas apenas assim: como palavras. Se quiser procurar algo, procure espelhos. Ou sentimentos. Procure qualquer coisa, menos a mim. Estão aqui palavras e estórias. Minhas, suas, alheias. "Eu" vou muito além de palavras, muito além de estórias... deixe-me, por favor, chamá-las pura e simplesmente: palavras.
Penso nisso todo dia.
ResponderExcluir"Medos, de onde vêem?
ResponderExcluirMedo, quem não o traz
Mórbido ou racional?
Medo de viver na vida
o Medo que a vida ensina.
Medo dos ri(s)cos da vida;
Medo da morte que rima
Medo de não (sobre-) viver.
Medo de sonhar,
Medo dos sonhos,
Medo dos sonhos de medo:
Medo de ter o que não se buscou,
Medo de não ser o que sonhou
(e de se lembrar do que fez e por onde andou).
Medo da perda ou do encontro;
Medo de enxergar o amor.
o Medo que faz cerca e muro
é Medo do pó(bre) – da-la-ma - da-sor-te – da-si-na,
Medo do enredo da História...
Medo, (quanto) mete a dor!
Medo do medo;
Medo do riso incontido,
Medo de que o pranto seja visto,
Medo de estar só, na multidão
(o medo do outro é o medo de si).
Medos, quem não os teêm?
Medo, o que não faz...
Mórbido ou racional?"