10 de mar. de 2009

"E você, será que canta calada aquele frevo axé?..."


E na manhã seguinte, vitória decretada, com um simples telefone tocando às oito da manhã... Salvem-se todos, monstrinhos e pesadelos, foi um príncipe, lindo e imperfeito, imperfeito e lindo, que veio em meu resgate. Não, não acho que corria perigo. Talvez, sozinha, pudesse ganhar bem esta guerra...

Mas quem se cansa de príncipes e resgates, que se cansa de demonstrações espontâneas de carinho? Quem vai reclamar de um pouco de atenção? (Não eu, que saiba... rs).

Só posso jurar que foi uma bela vitória, Palcar de 2 x 0, contra meus fantasmas, e que ambos os gols foram tudo de bom.

Exatamente como você na minha vida. A diferença é que eles foram (pelo menos agora, rs).
Você está.

"Pra mudar minha vida"

E ainda tenho tanto pra conhecer da sua alma. E você ainda tem tanto pra conhecer da minha. E eu não consigo tirar dos lábios o sorriso que você deixou quando saiu. Lembro e relembro os detalhes das nossas conversas ontem, como você foi se revelando, cada palavra, cada olhar, você, lindo, tão perto...

Lembrei de cada estória minha, de cada dor pelos relacionamentos que se foram e pelas coisas que jamais vou poder voltar atrás e reverter, por cada erro, cada angústia, toda intensidade, as entregas, as perdas. Tudo vem como um caminho trilhado até você, tudo vem como passos marcados (algumas curvas, muitos tropeços), todos para que estivéssemos agora, no exato agora, eu, você, e a bagagem que pretendo mandar embora (ficar leve, sem peso, sem passado...). Ficar mesmo só com passos, as estórias ensinadas por cada cicatriz, e com o coração em paz, o que é tudo que quero deixar perto de você e te pedir para cuidar, sempre.

Foi seu, sim, o sorriso que vi brilhando quando me afastei desse mundo de gente raivosa, foi você, meu pôr-do-sol... (será que ainda vai lembrar da tradução da música? rs.) Ou digo apenas que o sol não se pôs, nem nasceu pra mim nesta noite. Meu sol, a noite, o dia, tudo foi só você, e você foi, constante.

“... pra recomeçar...”

Ps – “E o povo tá que fala...” kkkkk.... (não resisiti!)

9 de mar. de 2009

"Além da brincadeira..."


Era um cenário épico.

Medieval.

Entraram juntos, fugindo da festa, do barulho, da música estridente que tocava lá fora.

Ela princesa, (ou cortesã - já não se sabe bem, pois que gostava de passear entre suas próprias facetas, entre as fases da lua. Talvez princesa. Talvez não só...) e seu príncipe - mascarados, desconhecidos.

Irresistível se encontrarem exatamente ali. Escondidos, pareciam seguros, apesar dos barulhos do outro lado da porta, apesar deste certo receio dela de que seriam, a qualquer momento, descobertos, de que o relógio bateria meia-noite (ou meio-dia), penderiam-se as máscaras, não teriam mais fantasias...

Agora, já era bem tarde. Ambos haviam bebido da mesma taça, e, embriagados de carnaval, caiam cansados, lado a lado, tombando num sono profundo e com sonhos.

Ele a abraçou apertado. Ela respirou profundo. Dormiam o sono dos anjos, em outro tempo, outro espaço, onde ela sentiu-se segura e querida, onde ele se sentiu a salvo, cansado das guerras e batalhas, onde ele pôde parar de se preocupar e, simplesmente, dormir.

Durante a noite, em alguns momentos, ela abriu os olhos encantados e pensou no dia seguinte. Como seria, como ele seria, sem máscaras, sem fantasia, como seria seu príncipe encantado quando os relógios acelerassem, quando o tempo fosse aquele mesmo outra vez, novo, velho, quando acabasse o mistério e a névoa que envolve todos os amores que mal se conhecem, quando o relógio batesse a hora marcada e terminasse o feitiço?

Será que ainda gostariam um do outro? Será que aquele lugar, aquele abraço apertado no meio da noite ainda seria o lugar onde ambos desejariam, mais do que em qualquer outro, estar?

Ela não teria as respostas. Não ainda. Sabia só que aquele era seu lugar agora. Sabia que acordariam, que o carnaval seguiria, que as músicas tocariam e multidões os guiariam para outros e outros lugares. Sim, se afastariam.

A manhã seguinte, assim como o dia seguinte - incógnitas. Todo o futuro – incerto, como todo e qualquer futuro sabia ser, aliás.

E, naquele segundo, ela amou a incerteza, tanto quanto amou aquele abraço, tanto quanto amou seu sono longo e profundo... não havia expectativa, não havia promessa, não havia garantia.

Havia apenas isto: uma constatação: depois de profundas noites de tristeza, imersa em si mesma, ela estava ali, ao seu lado. E ela sorria.

Ele era presente. E presenteavam-se com suas presenças e com a paz de seu sono.


Ps - " de pierrot e colombina..." rs.
" E quando deitamos e relaxamos nosso corpo, podemos sentir intensamente. Físicos e teóricos a chamam de força da gravidade. Nós a sentimos como colo. É o colo da mãe terra, no mais profundo acolhimento."*


E tantas vezes que precisei de colo sem notar o quanto poderia ser simples...


* Um dos ensinamentos nas meditações da Hatha Yoga.

8 de mar. de 2009

Sempre dói, mas sempre passa.

E ela sabia. Sabia e lembrava todas as vezes que doeu, sem que isso significasse absolutamente nada agora. Da última vez foi pior. Foi? Isso já não sabia... De certa forma lembava o estrago - noites mal dormidas, seguidas de dias cansados, horas lentas demais, ora longas demais, nada de fome, vontade de comer o mundo. Lágrimas. Muitas lágrimas. Mas não conseguia comparar nada com o aperto que sentia agora. Hoje, seria a pior dor de sempre.

Viu como passa? Você nem lembra direito a dor do estrago...

Pensar, porém, não estava ajudando nada. Deveria, ok, mas não estava.

E daí se ela estava perdida, e daí se queria tentar uma nova profissão a cada segundo, e daí se nos minutos seguintes continuava na mesma profissão, imaginando como seria se tivesse mudado no segundo anterior? As respostas não estavam nele, isso decerto.
Aliás, estas respostas aparamentemente não estavam em lugar algum. Exatamente como ela, vagando neste vácuo intertemporal que inventou para passar a chuva.

Você está mesmo aqui, lindinha? Porque parece estar longe... em algum outro lugar.
Mais uma vez: exatamente.

Perguntou-se, por fim: se as respostas estão em lugar algum, e eu estou em lugar algum, elas deveria estar bem por aqui....
A gente podia se "bater" por ai. Hum?

Nada como mais um dia sem hipocrisias.

7 de mar. de 2009

Vamos celebrar a estupidez humana?



Gente,
Com tem maldade nesse mundo...
Tá, vou contar a estória e ai vocês chegam a suas próprias conclusões.

Era uma vez um menino e uma menina que namoravam há muito, muito tempo.

Um dia os dois se chatearam e tiveram uma briga feia. A menina estava muito triste e confessou sobre o ocorrido com a colega ao lado, numa sala com outros coleguinhas de trabalho.

Ocorre que, Sras. e Srs., nesta sala estava um outro menino, a quem chamaremos de elemento “X”. Elemento “X” tem papel fundamental na estória, mas ainda não aparecerá nesta cena.

O menino também estava triste, até que recebeu um email da menina. Mal teve tempo de se alegrar com o nome dela na caixa de entrada, percebeu que abriu mesmo a caixa de pandora. Os dizeres eram ofensivos e grosseiros, ela dizia detestá-lo, não entender como perdeu tanto tempo com ele, que ele não a procurasse mais, que isso e aquilo e acolá. Foram diversos e-mails, todos com o mesmo conteúdo nefasto.

Frustrado, ele desapareceu no carnaval (meio inutilmente, já que esta criatura pegou uma gripe no primeiro dia e ficou de molho até os últimos...).

Ela também devia estar frustrada, já que era tempo de eventos festivos, e ele sumiu completamente, o que era um péssimo sinal.

Ok. Pausa. Você deve se perguntar por que ela estava frustrada, já que ela mesma enviou emails ofensivos... Pois bem, chamemos agora o Elemento “X”.

Num mundo paralelo, o das pessoas malvadas, Elemento “X” ouviu a conversa de sua coleguinha, objeto de seu afeto, com a outra coleguinha da mesa ao lado. Neste momento, sua mente maquiavélica bolou um plano.

Destaquemos que Elemento “X” convivia com o casal de protagonistas. Elemento “X” saía com o casal. Ele e a namorada dele. Elemento “X” era totalmente, aparentemente, normal.

Então... Elemento “X” criou um email, o qual, caros senhores, preciso demonstrar empiricamente, porque o sujeito alterou um PONTO no email já existente da sua colega de trabalho. Exemplo:

Email real: margarida33@blablabla.com

Email fake: margarida.33@blablabla.com

Isso é sério. Seríssimo...

Vamos inverter o ditado: o que os olhos não vêem, o coração SENTE... E os olhos dele nem repararam um ponto a mais.

Pois bem. O tempo se passou e história, graças à Jah, tem final feliz.

Um belo dia, cansado de ouvir tantas ofensas, ele a procurou no MSN, e questionou os emails. Ela levou um mega susto, jurou inocência e correu com ele atrás das evidências desse complô (ESSE SIM - um complô!).

Descoberto o email falso, eles cataram um desses mega entendedores influentes de informática e conseguiram localizar o IP e endereço do dito cujo, quem, em uma ligação “grampeada” e após muito grito da vítima, confessou seu crime.

Isso é sério. Seríssimo...
Aconteceu ali, do meu ladinho.

Agora eu pergunto, Sras e Srs, que mundo louco é esse?????

São Jorge me proteja, os cães estão soltos e agora são, inclusive, tecnológicos...

Ps - espero que ningupem se ofenda com a minha narração. Os fatos aqui descritos são ficção. Qualquer semelhança com a realidade, é mera coinciência. Igualzinho na novela.