26 de jun. de 2007

"Espero não dormir, até se consumar o tempo da gente..."



Em duas versões...

Trecho do filme "Garota da Vitrine".

Some nights alone he thinks of her, and some nights alone she thinks of him. Some nights these thoughts occur at the same moment and Ray and Mirabelle are connected without even knowing it.

But Mirabelle, now feeling the warmth of her first reciprocal love, has broken away from him. And as Jeremy offers her more of his heart, Mirabelle offers equal parts of herself in return. One night, sooner that what she would’ve liked, which made it irresistible, they make love for the first time in fourteen months. At this point, Jeremy surpasses Ray Porter as a lover of Mirabelle, because what he offers her is tender and true.
(…)Ray - Just so you know, I am sorry for the way I’ve treated you.
Mirabelle - I know.
Ray - I did love you.
As Ray Porter watches Mirabelle walk away, he feels a loss. How is it possible - he thinks - to miss a woman whom he kept at a distance so that when she was gone he would not miss her?

Only then does he realizes how wanting part of her and not all of her, had hurt them both and how he can not justify his actions, except that, well… it was life.

"Prefiro então partir, a tempo de poder, a gente se desvencilhar da gente..."



Garota da Vitrine - live adaptação...
(um pouco menos livre do que eu gostaria, rs).

Algumas noites, sozinho, ele pensa nela, e algumas, sozinha, ela pensa nele. Algumas noites esses pensamentos acontecem num mesmo momento e Ray e Mirabelle estão conectados sem sequer saber.

Mas Mirabelle agora sentido o aconchego de um amor recíproco, afastou-se dele. E enquanto Jeremy oferece a ela mais de seu coração, Mirabelle oferece partes iguais dela mesma em troca. Uma noite, mais cedo do que ela gostaria que acontecesse, quando se tornara irresistível, eles fizeram amor pela primeira vez em quatorze meses. E nesse momento, Jeremy supera Ray Porter como amante de Mirabelle, porque o que ele lhe oferece é terno e verdadeiro.
(…)

Ray – Quero que saiba, Eu sinto muito pela forma que tratei você.
Mirabelle – Eu sei.
Ray – Eu realmente te amei.
Enquanto Ray Porter assiste Mirabelle ir embora, ele sente uma perda. Como é possível – ele pensa – sentir saudades de uma mulher de quem ele manteve distância para que quando ela fosse embora ele não sentisse sua falta?

Apenas nesse momento ele compreende como por querer parte dela, e não ela inteira, tinha machucado a ambos e como ele não tem meios para justificar suas ações, exceto pensando que, bem... É a vida.

"O amor é a resposta, pelo menos, para a maioria das perguntas no meu coração..."


Better Together
Jack Johnson

" There´s no combination of words
I could put on the back of a postcard
No song that I could sing
but I can try for your heart

Our dreams and they are made out of real things
Like a shoebox of photographs with sepia-toned loving
Love is the answer at least for most of the questions in my heart
Like why are we here? And where do we go? And how come it’s so hard?

It’s not always easy and sometimes life can be deceiving
I’ll tell you one thing,
it’s always better when we’re together

Hum it’s always better when we’re together
Yeah we’ll look at the stars when we’re together
Well it’s always better when we’re together
Yeah it’s always better when we’re together

And all of these moments just might find
their way into my dreams tonight
But I know that they’ll be gone
when the morning light sings
Or brings new things for tomorrow night you see
That they’ll be gone too, too many things
I have to do
But if all of these dreams might find
their way into my day to day scene

I’d be under the impression
I was somewhere in between
With only two, just me and you,
not so many things we got to do
Or places we got to be
we’ll sit beneath the mango tree now
Yeah it’s always better
when we’re together
Hum we’re somewhere in between together
Well it’s always better
when we’re together
Yeah it’s always better when we’re together

I believe in memories they look so, so pretty when I sleep
And now when, when I wake up
you look so pretty sleeping next to me
But there is not enough time

And there is no song I could sing
And there is no combination of words
I could say
But I will still tell you one thing
We’re better together..."

"Venero a saudade, quando ela está pra terminar..."

"A gente se acostuma. Mas não devia."

Tem essas horas que me pego pensando demais. Essa saudade e o vazio do nosso não estar...

Não quero jogos, não quero curas, nem ficar esperando outra vez o telefone, não quero nada que seja demais pra você ou de menos pra mim – não quero pontos, vírgulas, não quero mais ter que decifrar...

Alguém me diz o que eu disse, o que eu fiz que foi demais... Alguém me diz o que eu não fiz, o que eu posso fazer ainda, ou não fazer, alguém explica, desenha no espelho, onde estão os erros e as respostas... é que eu já nem quero procurar por nada.

Se eu pudesse, deixava, ia, saia.

So long, me deixei levar pelo tic-tac do relógio, quis voltar o caminho depois de ir partido, sem tijolos amarelos, sem marcas pelo chão, sem migalhas pra me ensinarem a chegar...

Fui te amar toda e mais uma outra vez. Fui tanto e sem demoras, fui pra ver de uma vez por todas e agora estou aqui, so trapped, nessa minha mesma estória e minha mesma armadilha, labirinto que construí e não sei mais se sei voltar.

Algo aconteceu. Não se controla tudo, não se controla isso. Sei que vou te esquecer. Não sei porque não controlo as lágrimas. Não sei porque estou tão triste em partir. Não sei se quis amar você desse jeito. Imagino que você nunca quis. Não sei você vai entender, se eu vou conseguir assim tão rápido. Você está muito e em tudo agora. Eu deixei você ser muito e estar em tudo.
Onde será que eu estou pra você?

9 de jun. de 2007

"E queria sempre achar explicação pro que eu sentia...às vezes o que eu vejo, quase ninguém vê..."





Eu preciso de 15 minutinhos pra mim.

São quinze ínfimos minutos pra ficar de mal comigo mesma, com você, com o mundo inteiro, quinze minutos de segregação, de partida, escondida, quinze minutos sem saída, sem despedida, sem uma estória pra contar.

Nos meus quinze e sagrados minutinhos, não quero papo, não quero seu braço muito amarrado no meu, nos meus quinze minutos, não quero ter que responder, ou argumentar, concordar, comentar, ou emitir qualquer outra das espécies verbais que impliquem opinião, por quinze minutos, apenas, esqueça, de mim, comunicação (Nem um “tá”, nenhum “sim”, nem um “não”).

Por quinze minutos quero me perder pelas minhas idéias e sentimentos mais grosseiros, quero mergulhar pelo lado mais carregado, mais antipático de mim, ir ao fundo do poço do meu descontentamento - por apenas quinze minutos quero contatar o pior que posso ser ou fazer, mirar nos olhos da minha sombra e com profundidade, sem dó, sem piedade, encará-la e a mim mesma, como pela primeira e última vez.

Quero quinze minutos sem por favor, sem obrigada, quinze minutos isolada (até sem água), sem qualquer educação e de preferência sem sermão, já que, afinal, são só quinze minutos de loucura e liberdade, eu e meu barquinho navegando e navegando pela hostilidade...

Também, não quero explicar muito esses meus quinze minutos. Eles existem porque existem, dentro da minha condição feminina de ser, fora do contexto da objetividade ou do racional, meus quinze minutos não obedecem a padrão conceitual, convencional - eles lavam as mãos às apologias e se perdem do entender.

Ainda assim, não por eles, mas por mim, peço sinceras desculpas. É que me apeguei aos quinze minutos. Já não passo sem eles de quando em quando... Esses supermencionados quinze minutos são meu refúgio, minha resposta pra tudo mais que não sei ou não quero responder. Minha válvula de escape do “não-poder”.

Por isso, peço desculpas e peço licença, por nada mais, nada menos, que quinze minutos.

"...Mas não sou mais tão criança a ponto de saber tudo..."



Pra recomeçar: Eu prometo.

Prometo te ligar depois do intervalo, prometo ser “eu” mesma outra vez, com a mesma risada e os mesmos “ais” (curtos e seqüenciados), prometo rir das músicas no rádio, ou do comercial na TV, prometo até cantar pra você – se não brigar comigo ou disser que eu desafino (críticas infames e descabidas, intrigas da oposição!), prometo te fazer rir comigo e falar tanto e sem sentido, daquele jeito que você quase tapa o ouvido (não pense que não sei dos seus hábitos tacanhos!), prometo desligar quando você não agüentar mais.

Prometo manter o bom humor grande parte do resto das próximas horas, já que também prometo lembrar constantemente das coisas e momentos bons que são só nossos, do seu jeito de me apertar e do jeito que eu quase sufoco se ficamos mais do que trinta segundos de lados opostos do travesseiro.

E se estivermos juntos, prometo passar perfume na testa, prometo piscar os olhos como uma boa bruxinha e deixar escapar bolhinhas de sabão, coloridas, alegre, saltitantes, só pra você ver o mundo através delas e achar incrível e engraçado como tanto brilho cabe nessa miniatura de menina do seu lado.

Prometo não protestar quando você tiver razão (mesmo quando eu quiser “advogar” a questão) e não prolongar discussão, prometo dengos e carinhos no pescoço, prometo deixar você escolher o filme (e a sessão!).

Finalmente, prometo ser uma boa menina (dormir mais cedo, escovar o dente...) e não te culpar por nada, nada mesmo, dos quinze e passados minutos.
(Exceto, claro, o que caiba justificativa e seja racionalmente traduzível – afinal de contas continuo sendo advogada e prometi não te esconder mais nada. Mesmo que tenha sido algo ocorrido nos meus e só meus quinze minutos).