Nunca Elisa Lucinda soou tão clara. Vontade de beber de uma só vez toda a garrafa, de ter você engarrafado, devidamente compartimentado, a minha total e absoluta disposição. Hoje, ainda, te odeio mais que ontem. Odeio ainda mais porque o telefone tocou, odeio ainda mais porque atendi, odeio pela saudade de cada detalhe seu que eu não esqueço. Odeio esse vazio que se fez quando você saiu, e odeio um pouco mais por saber que tudo o mais o que te envolve é errado: o certo é o vazio, a saudade, esse incômodo no peito pelo telefone que toca, a minha ansiedade em atender.
Ando agora engasgada por aí. não escuto você, não atendo a mais ninguém. Nada mais me concentra e o ano vai acabando (sim, time to change...) – se não mudo eu, muda ele, sem pena da minha desconcentração (desconexão?).
Nunca nada foi tão incerto. Meus todos outros planos, mal se vêem nos meus olhos. Pelo menos essa noite, só tenho você e sou apenas sua – pelo menos hoje não brigue comigo, não reclame. Hoje você não é mais um. (piada, piadas... eu naufrago com algum senso de humor). Nos meus olhos, apenas você, exatamente porque foi embora.
O melhor é que não perdoou o beijo que você não deu (guardo algum consolo, me parece. Qualquer coisa que alimente essa raiva por querer você). Justamente aquele, naquela horinha, pouco antes... não perdoou. O seu não-beijo foi um tapa, bem no meio da minha testa, um outdoor bem grande, um discurso de megafone – “não sou seu!”. Outra vez, pensei em te matar.
Engraçado como paixão e morte se combinam. É tudo um não saber, misto de vontades que não distingo: é querer beijar e/ou enforcar, enforcar e/ou beijar com todas as santas forças (diabólicas?) desses meus braçinhos, não sei se derreto ou me estrangulo também. Tenho essa irritação patológica. Deveria ser objeto de estudo, estou certa de que não sou a única.
Ando agora engasgada por aí. não escuto você, não atendo a mais ninguém. Nada mais me concentra e o ano vai acabando (sim, time to change...) – se não mudo eu, muda ele, sem pena da minha desconcentração (desconexão?).
Nunca nada foi tão incerto. Meus todos outros planos, mal se vêem nos meus olhos. Pelo menos essa noite, só tenho você e sou apenas sua – pelo menos hoje não brigue comigo, não reclame. Hoje você não é mais um. (piada, piadas... eu naufrago com algum senso de humor). Nos meus olhos, apenas você, exatamente porque foi embora.
O melhor é que não perdoou o beijo que você não deu (guardo algum consolo, me parece. Qualquer coisa que alimente essa raiva por querer você). Justamente aquele, naquela horinha, pouco antes... não perdoou. O seu não-beijo foi um tapa, bem no meio da minha testa, um outdoor bem grande, um discurso de megafone – “não sou seu!”. Outra vez, pensei em te matar.
Engraçado como paixão e morte se combinam. É tudo um não saber, misto de vontades que não distingo: é querer beijar e/ou enforcar, enforcar e/ou beijar com todas as santas forças (diabólicas?) desses meus braçinhos, não sei se derreto ou me estrangulo também. Tenho essa irritação patológica. Deveria ser objeto de estudo, estou certa de que não sou a única.
Obs - postagem de texto do arquivo pessoal.
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