25 de abr. de 2009

“O que os olhos não vêem...” Parte III, ou: Um ensaio sobre a sua cegueira. (e a vida como ela é).



Quer ouvir algo ainda pior? No meio de toda essa confusão, ainda resolvi a briguinha entre eu e minhas sombras. Sim! Pra ser sincera, estou orgulhosa! Modéstia de lado, antes eu, com meus erros, defeitos, antes eu com todas as minhas falhas, ditas, gritadas, antes eu observando-as, crescendo com elas. Antes eu que não tentei escondê-las de você. Antes tudo isso, do que suas falsas verdades e dificuldades veladas, do que sua pose de perfeito e toda essa poeira embaixo do tapete, esperando um vento qualquer pra empestear a casa inteira!

Que patético. Embaraçoso. Eu aqui, encarando a verdade e pensando: bem capaz de saber mais sobre ela, a seu respeito, do que você mesmo, de tanto que evita ver do outro lado do espelho.

É, deixa eu te contar a verdade... todo espelho tem outro lado, toda luz tem sua sombra, todo mundo tem defeito. Você pode fugir, pode correr, pode aperfeiçoar seu discurso, ou mesmo vendê-lo pra quem compra fácil, sem muitas exigências ou perguntas. Você pode até repeti-lo o suficiente para acreditar nele: você não erra, você não mente, você é leal e amadurecido, nunca injusto, nunca incoerente... Será que consegue? Por quanto tempo?

Quando resolver encontrar suas sombras, eu te desejo sorte. Espero que neste momento eu tenha mudado de lugar, e me encontre ao lado da compaixão e do carinho que um dia tive por você. Que o que quer que eu entendesse como amor possa voltar, ser um sentimento puro e bom por você, que eu possa ter maturidade de estender a mão e te receber depois que você atravessar toda a escuridão, porque essa parte, te garanto, você vai ter que trilhar sozinho. Inevitavelmente, eu também espero.

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