10 de jan. de 2009

"Mas sempre me pergunto por que, raios, a gente tem que partir. Voltar, depois, quase impossível" (C.F.)


Sempre dói, mas sempre passa.

E ela sabia. Sabia e lembrava todas as vezes que doeu, sem que isso significasse absolutamente nada agora. Da última vez foi pior. Foi? Não sabia. De certa forma, lembrava o estrago (noites mal dormidas, seguidas de dias cansados, horas lentas demais, ora longas demais, nada de fome, vontade de comer o mundo. Lágrimas. Muitas lágrimas...), mas não conseguia comparar nada com o aperto que sentia agora. Hoje, seria a pior dor de sempre. Viu como passa? Não lembra a dor do estrago...

Pensar nisso, porém, (e repita-se), não estava ajudando nada. Deveria, tudo bem, - mas não estava.

E daí se estava perdida, e daí se queria tentar uma nova profissão a cada segundo, e daí se nos minutos seguintes continuava na mesma profissão, imaginando como seria se tivesse mudado no segundo anterior? As respostas não estavam nele, isso decerto. Aliás, estas respostas aparentemente não estavam em lugar algum. Exatamente como ela, vagando nesse vácuo intertemporal que inventou para passar a chuva. Você está mesmo aqui, querida? Porque me parece estar longe... em algum outro lugar. Mais uma vez: exatamente.

Perguntou-se, por fim. Se as respostas não estão em lugar algum, e eu estou em lugar algum, elas deveria estar bem por aqui........................ hum?

­Nada como mais um dia sem hipocrisias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

E se o dito te inspirar a dizer, estou aqui.