26 de jan. de 2009

“e nos corações, saudades e cinzas foi o que restou...”


Como saber se você gosta mesmo de alguém? Já me fiz essa pergunta, diversas vezes. Por diversas vezes, questionei até onde ia o amor que sinto, o que é exatamente o outro, o que são projeções minhas... o que é o amor que eu vejo e o que é o amor que o outro, por ser ele mesmo, me faz sentir. Hoje, mesmo que em pedaços, veio parte da resposta.


Hoje eu senti saudade.

Foi durante o show, olhei pro lado e desejei tanto te ver. Desejei ter você ali, sentado do meu lado. Desejei ver seu sorriso. Desejei apertar sua mão, olhar pra você na hora daquele refrão que eu gostei e que falava de amor, na hora daquele refrão que podia estar falando sobre nós dois...
Desejei você comigo, e ninguém mais.
Queria seu jeito desengonçado, o tamanho maior que a cadeira de qualquer teatro. A carinha compenetrada, de paisagem. Meu coração apertou tanto. Era pra ser com você.

“Mas é carnaval, não me diga mais quem é você... deixa o barco correr...”

E essa sensação, que tentava se fingir de nova, já sabia ser tão conhecida... foi a mesma daquele dia no cinema, quando vi a cena que queria comentar com você... quando desejei encostar no seu ombro, enrolar no seu braço.
Foi assim naquele pôr-do-sol. Num banho de mar, outro dia ainda.
Foi assim caminhando na praia.
Foi assim sentada, tossindo, no banco do parque, quando te mandei uma mensagem, enquanto pensava porque não tínhamos estado ali antes, e até parecia familiar, como se em algum momento estivéssemos ido.
Foi assim de manhã, quando acordei hoje.
É assim agora, e aqui.

Essa vontade louca de dividir meus dias, meus momentos com você. Essa vontade de te ver, segurar sua mão enquanto ando pelos lugares. Ser abraçada por você.

Não, não tem sido ruim estar sozinha. Não tem sido ruim me descobrir e descobrir o que eu gosto, reencontrar minhas amigas, dividir as tardes com vinho e piscina, conversas, risadas, livros. Nada disso tem sido ruim. Nem o pôr-do-sol, nem o banho de mar, nem o cinema, nem o romântico show. A felicidade me visita, sim, e tem passado com freqüência na medida em que acordo e me pergunto: então, Dona Felicidade, o que será preciso pra você vir me ver hoje?

Sinto meu coração acalmar com banhos de lua e de lavanda. Sinto a paz chegando entre as conversas sinceras e confissões verdadeiras a pessoas que se importam e realmente se preocupam comigo.

E sei que te amo, porque ainda agora, ainda com alegria em meus dias, ainda com ternura, queria você. Perto.

Música de fundo: Aquele frevo axé. Na voz de Vânia e Quintanilha.

"Veja onde a gente se achou
Estrelas já vão luzir
Na noite da baía preta
Queria tanto você aqui
Que fazer?..."

2 comentários:

  1. Anônimo11:25 PM

    Ok, gente, vamos rir, né?

    Nada como acordar com sol depois da tempestade.

    Considerando os fatos você já sabe, não?

    Pelo menos nesse caso.
    Projeções.

    Gigantes, das de cinema!

    He.

    Bom, nada melhor que acordar pra vida, não, bela?

    Ops! Tem gente do outro lado do espelho.

    E eu tô aqui, sorrindo pra vc! :)

    ResponderExcluir
  2. Hahaha...
    Smiling right back at you, honey.

    ResponderExcluir

E se o dito te inspirar a dizer, estou aqui.