
Quatro horas mais, quatro horas menos, fazia contas em sua cabeça. Se ao menos se encontrassem no transitar, não se sentiria tão sozinha.
“Não se preocupe” – ela falou. “Nada vai passar despercebido aos meus olhos”. Dias depois, perguntou-se se enxergava demais. Perguntou-se se via o que já não estava, se via além do que esteve, ou se o que vira tornara-se invisível aos olhos.
Como conduzir-se agora? Cada passo seu parecia afastá-lo um passo a mais, ou ele se afastava em passos completamente independentes dos seus, ou caminhavam para lados opostos mesmo quando desejavam se encontrar... Desejavam se encontrar? Será que é difícil me ver aqui, com você ainda dentro de mim? Seria mesmo tão difícil acreditar?
Seus olhos tropeçaram nas dores de desencontros antigos. Lassos. Cansados. Ali, paralisada no meio do caminho, sentiu-se no exato lugar onde esteve tantas outras vezes. Não sabia como havia retornado, o percurso lhe pareceu tão diferente! Mas ali estava ela, outra vez. Precisa mover-se, e rápido. Conhecia da ferrugem que lhe tomaria aos braços se insistisse. Conhecia as sombras do lugar-comum, outra vez morreria afogado, seu coração.
Desta vez, porém, tinha calma. Não iria gastar, veloz, o pouco ar que lhe restava nos pulmões. Não. Desta vez nadaria, suave, até a margem mais próxima. Buscaria uma linda, solitária e tranqüila praia, para ampara-se até o fim da tempestade.
E a tempestade era o silêncio. Se antes se encantaram, juntos, ela passou a cantar só, e agora quase não canta, é só saudade do encantamento. Não canta por saber que a sua música ecoa medo da despedida antes mesmo do encontro.
Apenas por isso, respeita o silêncio. E por isso odeia o silêncio. E por isso grita, vez ou outra. Mas, inevitavelmente, ainda sorri quando se lembra. Quando repete o disco que tocavam suas palavras. Ela escuta o mesmo disco e seu coração sorri.
Numa estrada fria e árida, ela segue assim. “uma metade cheia, uma metade vazia”. “Uma metade tristeza, uma metade alegria”. Ainda não pararam seus passos e ela segue, esperando, a magia da verdade inteira.
“Não se preocupe” – ela falou. “Nada vai passar despercebido aos meus olhos”. Dias depois, perguntou-se se enxergava demais. Perguntou-se se via o que já não estava, se via além do que esteve, ou se o que vira tornara-se invisível aos olhos.
Como conduzir-se agora? Cada passo seu parecia afastá-lo um passo a mais, ou ele se afastava em passos completamente independentes dos seus, ou caminhavam para lados opostos mesmo quando desejavam se encontrar... Desejavam se encontrar? Será que é difícil me ver aqui, com você ainda dentro de mim? Seria mesmo tão difícil acreditar?
Seus olhos tropeçaram nas dores de desencontros antigos. Lassos. Cansados. Ali, paralisada no meio do caminho, sentiu-se no exato lugar onde esteve tantas outras vezes. Não sabia como havia retornado, o percurso lhe pareceu tão diferente! Mas ali estava ela, outra vez. Precisa mover-se, e rápido. Conhecia da ferrugem que lhe tomaria aos braços se insistisse. Conhecia as sombras do lugar-comum, outra vez morreria afogado, seu coração.
Desta vez, porém, tinha calma. Não iria gastar, veloz, o pouco ar que lhe restava nos pulmões. Não. Desta vez nadaria, suave, até a margem mais próxima. Buscaria uma linda, solitária e tranqüila praia, para ampara-se até o fim da tempestade.
E a tempestade era o silêncio. Se antes se encantaram, juntos, ela passou a cantar só, e agora quase não canta, é só saudade do encantamento. Não canta por saber que a sua música ecoa medo da despedida antes mesmo do encontro.
Apenas por isso, respeita o silêncio. E por isso odeia o silêncio. E por isso grita, vez ou outra. Mas, inevitavelmente, ainda sorri quando se lembra. Quando repete o disco que tocavam suas palavras. Ela escuta o mesmo disco e seu coração sorri.
Numa estrada fria e árida, ela segue assim. “uma metade cheia, uma metade vazia”. “Uma metade tristeza, uma metade alegria”. Ainda não pararam seus passos e ela segue, esperando, a magia da verdade inteira.
“E se o silêncio era amor
Ela sofria porque não sabia escutar.”
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