27 de jun. de 2009

"E mesmo assim fica interessante, não ser o avesso do que eu era antes, de agora em diante ficarei assim... Desedificante."


“She knows she is beautiful. But she is not yet sure what to do with her beauty”

“- But, why?

- Life is just more interest with you in it.” (*)


E na sua busca por si mesma, e na sua busca por tudo que é profundo, ele era a companhia perfeita. Como um homem invisível, quem estava para preencher seu coração com todo aquele amor, tudo aquilo trazia e nunca soube como usar, alguém para receber todas as flores que guardara, alguém para querer bem. Sem maiores demandas, sem maiores descontentos.

Podia apenas gostá-lo. Descobri-lo aos poucos e mostrar-se, igualmente lenta, página por página de uma nova estória. Teriam tempo antes do encontro. Desta vez não se perderia em outro mundo. Estava ocupada descobrindo o seu.

Ele lhe falava com poucas palavras, ricas e belas, mas seria preciso calá-lo. Calá-lo antes que o que dissesse fosse distante do que queria, antes que suas palavras a afastassem do amor que sentia, antes que a pedisse para deixá-lo. Desde este instante, parou de perguntar.

Era novo demais o mundo o qual perseguia, e tinha medo. Ele era sua ponte com a realidade e aos poucos, ele deixava de ser real. Sua jornada era por conta própria. Ela ainda esperava vê-lo no fim do túnel. Ainda o veria no final do túnel?



(*) do filme, Fatal, de Isabel Coixet.

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