1 de jun. de 2009

Outono ou nada...



É outono em meu peito. As folhas caem como se viram as páginas, e sigo, repaginando minha estória. É outono em meu peito. Vejo a sombra do inverno cobrindo a relva, enquanto os pés passeiam pelos feixes de luz de um sol que adormece. É outono em meu peito. A chuva cai, e sou a chuva, fluindo, derramando, alimentando a terra fértil de meus pensamentos, para evaporar em leveza e densificar em matéria. É outono em meu peito... Ao contrário do que pensam, sou feliz no outono. Minha alma brinda e comemora cada pedaço de calor que experimenta, dedicando-se com disciplina a longa faxina que antecede o inverno. Abençoado o sol entre os dias foscos da estação da aurora.
Sem pressa, sigo e percorro em paz os caminhos do outono - ele está dentro, tanto quanto fora de mim.
Sim, é outono em meu peito.



Texto escrito no outono/2009.

3 comentários:

  1. Nossa, Liu. Talvez seja esta a razao de meus tantos "devaneios": também bate outono em meu peito, rs.
    Beijos no coraçao

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  2. Liana, tudo bem?
    Adorei a sugestao dos textos! Interessante é que, à procura desses textos acabei caindo em um site ao qual adorei, por sinal.
    www.klepsidra.blogspot.com
    Adorei tb seus textos! Parabéns!
    Aproveitei tb e peguei seu link emprestado pra deixar no diario de bordo, tudo bem?
    Beijos,
    Libas

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  3. Anônimo5:23 AM

    Outono? Quando o que vejo fora dos'olhos é... Outono? E na aurora um raio de luz... Uma luz... Linda a luz do outono...

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E se o dito te inspirar a dizer, estou aqui.