Não quero que você
Seja mais um fiel (ou cruel...)
Que construa castelos de vento
Nem diga que me ama
Um tanto assim
Quero de você
O que quero pra mim
Que permita um tanto,
Aceite outro pouco,
Quero que deite do meu lado (inteiro, calado)
E não se assuste
Se a paixão chegar
Tomar, sugar, arrepiar.
E se a paixão vier, deixar
Desconstruir todas as verdades
Desnortear todas as bússolas
Desacertar todos os relógios
Quero que não brigue
Se eu for bem perto
E beijar por dentro
Seu coração
Quero que perceba
se os relógios congelarem
em nosso beijo
e não assuste
se acelerar um pouco mais o coração
E na boca
Umedecer seus lábios
Com um veneno original
(bem meu, receita própria)
Para morte lenta, suave
E inesquecivelmente feliz.
- Porque, às vezes, (e só às vezes) também se morre de alegria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
E se o dito te inspirar a dizer, estou aqui.