27 de jan. de 2014

Cuidadosamente.


Era um tempo cheio de cuidados.

Tempo de cuidados doces. Leves. Despreocupados. Sem aflição, sem desespero, sem correria.

Cuidado com o jardim, a paisagem, as borboletas.
Cuidado de passar protetor solar pela manhã e escovar os dentes todas as noites.
Cuidado de deixar espaço livre, cuidado de não fazer tantos planos. Cuidado de escutar, cuidado de fazer pausas.
Cuidado de comer bem, cuidado de exercitar. Cuidado de levantar cedo, de trabalhar, de ter disposição. Cuidado de respirar fundo e espreguiçar. Cuidado de perceber o que se passa no coração.
Cuidado de relaxar depois do expediente. Cuidado de ir à praia e pisar na areia.
Cuidado de abraçar os amigos e ficar por perto, cuidado de ligar no meio do dia e saber da família. Cuidado de ouvir a notícia importante, cuidado de ler aquele livro.  
Cuidado com a saudade, cuidado de lembrar (com demora...) aquele beijo.
Cuidado com os sonhos, com pedir sempre proteção antes de dormir. Cuidado e vontade de responder e estar perto.

Eles se cuidariam, distantes.

Para que então (quem sabe, então?), assim, devagarinho, carinhosamente, cuidassem um pouco um do outro.




"O maior presente que você pode dar a alguém é o seu próprio desenvolvimento (...). Eu costumava dizer: ‘Se você cuidar de mim, eu cuido de você’. Agora eu digo: ‘Eu cuidarei de mim para você, se você cuidar de si mesmo para mim’.”- Jim Rohn.




crédito da foto: http://umavidaverde.com/


Nenhum comentário:

Postar um comentário

E se o dito te inspirar a dizer, estou aqui.