E se eu voltasse o tempo
E se pudesse evitar
E se nada disso fosse alguma coisa
que pensávamos ter em comum.
Olho agora pra você: dezesseis horas atrás, é muito pouco tempo pra passar e esquecer, somente dezesseis horas, e tudo que pensei era você, tudo que eu vi, tudo que fez algum sentido num dia completamente sem nexo ou loucura.
No final da festa, já tinha desistido de qualquer outra comemoração. Recolheria os copos e garrafas vazias, juntaria a pilha de pratos na pia, deixaria tudo mais para a manhã seguinte. Exausta.
Seria um beijo de despedida. Talvez. Talvez não. Assustada, abriu os olhos e ele estava bem ali, dormindo. Lindamente. Tranquilamente. Chamou. - Acorde... Mais uma vez. Sentia-se pesada de sono, leve de carinho... Abriu os olhos novamente. Treze ligações perdidas no celular. Ninguém do seu lado na cama. Alguns sonhos podem parecer mais reais que o comum.
Pensei 16 vezes em não passar perto, mas 16 horas (ou menos de dezesseis? Já não importava.) para tanto assim... Era pouco demais.
Lia,
ResponderExcluirTudo aqui me parece meio apreensivo, impaciente. Uma pressa inexplicável no ar: sim, não, talvez. Sonho, realidade? 1, 2, 16 horas, não sei... Às vezes a ordinariedade da vida nos dá belos tapas na cara. Aprendamos com estas marcas vermelhas na bochecha!
A vida é mais!
E ela às vezes nos separa boas surpresas...
Obrigado pelo sorriso. Ele sempre foi sincero.
No mais:
Esperemos (Pablo Neruda)
Há outros dias que não têm chegado ainda,
que estão fazendo-se
como o pão ou as cadeiras ou o produto
das farmácias ou das oficinas
- há fábricas de dias que virão -
existem artesãos da alma
que levantam e pesam e preparam
certos dias amargos ou preciosos
que de repente chegam à porta
para premiar-nos
com uma laranja
ou assassinar-nos de imediato.
Amém as fábricas dos dias que virão....
ResponderExcluirah, os beijos de despedia....
ResponderExcluir*suspiros*