
Até pensei em alter-ego. Pensei em ser ela - pra tratar mais fácil de mim, falaria dela. Ela: Marcela, Ana Cláudia, Daniela... Ela que pulou a janela ou se afogou em pílulas diversas com bolinhas de champanhe..
Ela que queria noite em pleno dia, ela mesma que saia achando que voltava em meros 05 minutos. Ela que eu mesma seria, sem pudores, sem poderes, pura e simplesmente alguém mais, desconhecida.
É porque hoje não foi. Hoje não é. Não é ela, sou eu. Flébil. Metarmórfica. Acontece que não me reconheço de tempo em tempo.
Eram os dias que muita gente não era o suficiente.
No hoje, me basto, com um copo d´agua semi-cheio e certa frieza no coração... Não sei bem da trilha que me trouxe, lembro de passagens, pedacinhos remotos que agreguei num sem vontade sem fim – hoje tudo isso, conjunto de mim. Sei bem que estou e não tenho alterado, mesmo ao seu lado continuo sentindo esse sem tempo.
E se dizer: menos intensa – minto. Sim, sinto. Sinos tocam com certa freqüência e o sol nunca foi tão grande; o céu, azul; a correria, agradável. Vazio? Confortável...
Apenas troquei a porta de entrada e me vejo correndo dos meus sonhos mais antigos, nada mais do que foi faz sentido, seduz, satisfaz. Nada mais por tudo que quis.
Ah.... clichês irritadinhos de mim mesma!!!! Eu ser, do não-ser que fui e hoje sou, oculta entre as manifestações e os fenômenos inexplicáveis do não-ser (ser-aí????), do que ninguém entende, mas todos são. Eu, hipócrita, fazendo minhas: verdades, tempo, vento, canção. (fui essa mesma eu, intelectual - liguei pra Heidegger entre dois goles de cerveja e ri do sorriso de Aluap na madrugada de sexta).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
E se o dito te inspirar a dizer, estou aqui.