8 de set. de 2020

“No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido”





Porque nem todas as palavras são doces.
Nem todos os risos, sinceros.
Nem toda foto, um retrato...

E acha mesmo que não dá pra notar?
Acha que é só disfarçar, que é assim, rápido, o tempo caminhar e esquecer?
Bem simples, de leve, ela vira pro lado, adormece...

Essas outras conexões
Postas, tapam buracos
Consolam, massageiam, acalmam
(e acalmam?)
Postas para reafirmar... "tudo-de-melhor-e-demais-belo-nesse-mundo... "
Como chamam mesmo?
(Máscaras).

Sigamos. Transformando em links cada insegurança, teclando, esquivando, fugindo se um rastro qualquer aparecer no meio de um café.

Alimentar o ego com o olhar alheio...
Impor, expor, ser visto.
Depois dormir, tranqüilo, preenchido, desejado.
E não se preocupe, se dormem ao seu lado.
(A ingenuidade é o new black.)

Diga ainda que não é nada (não foi nada, nada demais...).
E quem nunca? Agora mesmo, pode estar acontecendo pelo lado de lá... Vai saber! O mundo é um sem-garantias infernal.

Assim, sem bobeiras dessa vez.
E ser fiel anda tão démodé.
E ser transparente é oposto do sexy...
Melhor aqui, mergulhe aí, aproveite o sinal.
Depois conta se foi um deleite.
Depois diz se confortou seu coração, se amortece o buraco.

Depois, depois, depois, depois, confirma se mostrou cicatrizes, se abriu o peito, se chorou de angústia. Depois diz se valeu, ou se foi tudo isso, apenas isso: mais do mesmo.

Procura aí. Fica aí. Depois me conta...
Ou nem conta. 
Afinal, algumas coisas, ninguém tem que pagar.   

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