
Dia desses, decidiu mudar de rumo. Iria fazer psicologia. Reiniciar os estudos. Nova faculdade, mais madura. Novas aulas. Novas mensalidades. Novo passo – o “zero” passo, novamente.
Antes do ingresso programado, foi convidada pra dar umas aulas. Assim, acidentalmente.
E, talvez como acontece como toda paixão, acidentalmente, ela se apaixonou.
A paixão queima, tira o sono, dá arrepio da espinha. A paixão meio que enlouquece e ela perdia a fome quase tudo mais que não fosse o objeto de seu apaixonamento.
Dia desses, na saída da aula, uma aluna pediu uns conselhos. Problemas com o marido, que era contra seus estudos.
Dia desses, um aluno confessou-lhe as dificuldades de casa, a doença da esposa, as complicações com o filho, adolescente.
Dia desses, mais e mais pessoas, interessantes, complexas, vivas, preenchiam seus espaços, com olhos atenciosos e ouvidos abertos, a espera do que ela sequer sabia se poderia oferecer.
Mas oferecia. Ela estava apaixonada.
Seriam poucos a entender. Seu rumo eram vários rumos, sua carreira, várias carreiras e suas paixões... estas eram, agora, o mais puro, incondicional AMOR.
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