Não havia mais reflexo. Nem raios de sol, nem sombras, não havia imagem contrária a sua para que pudesse ver e, um pouco mais literalmente, refletir.
E enquanto ninava sua dor, acarinhando suas culpas e perdoando seus erros, enquanto alimentava com ternura o amor por tudo que era ela, para que continuasse caminhando com a velha paz intensa em seu coração, enquanto lutava contra tudo que a afastava de si mesma e contra toda a dor da separação, era impossível não pensar.
Sabia que teria que respeitar seu silêncio, respeitar a distância que ele escolheu para eles, respeitar a absoluta falta de reflexo. Mas era impossível não pensar.
Seria mesmo fácil assim? Será que ela já tinha morrido de suas memórias, lembranças, pensamentos, será que ela não representava mais nada, e que os dias passavam sem ela por dentro, tanto quanto estava ausente por fora?
Angustia queimando no peito por ter sido essa página tão facilmente virada, de ter sido “mais uma” e quem saber estar entre aquelas estórias que nem se sabe, que mal se lembram... – Ah, sim, foi. Passamos um tempo juntos. Não, não muito. Sim, está superado, já passou.
O egoísmo de suas idéias a angustiava ainda mais. Por que estão não sentia-se feliz com o fato de ele estar bem? Que vácuo de amor seria esse, que a fazia desejar para ele os mesmos apertos, os mesmos espasmos, a mesma saudade de algo que não existe mais?
Egoísta. E em mais um de seus loucos diálogos, pode ouvir-se responder.
Não é só isso. Eu gostaria muito era de um pouco de solidariedade. Era de saber... “Sim, tudo bem acabou. Mas veja, é triste pra mim também. É difícil. Tudo que foi teve seu significado e foi especial. Tudo que foi me faz falta e de vez em quando, mesmo que pouco, mesmo que só às vezes, aperta em meu peito.”
Ela queria ouvi-lo dizer que não era a única. Que esse sentimento, essa perda, essa falta, não eram só dela.
E enquanto ninava sua dor, acarinhando suas culpas e perdoando seus erros, enquanto alimentava com ternura o amor por tudo que era ela, para que continuasse caminhando com a velha paz intensa em seu coração, enquanto lutava contra tudo que a afastava de si mesma e contra toda a dor da separação, era impossível não pensar.
Sabia que teria que respeitar seu silêncio, respeitar a distância que ele escolheu para eles, respeitar a absoluta falta de reflexo. Mas era impossível não pensar.
Seria mesmo fácil assim? Será que ela já tinha morrido de suas memórias, lembranças, pensamentos, será que ela não representava mais nada, e que os dias passavam sem ela por dentro, tanto quanto estava ausente por fora?
Angustia queimando no peito por ter sido essa página tão facilmente virada, de ter sido “mais uma” e quem saber estar entre aquelas estórias que nem se sabe, que mal se lembram... – Ah, sim, foi. Passamos um tempo juntos. Não, não muito. Sim, está superado, já passou.
O egoísmo de suas idéias a angustiava ainda mais. Por que estão não sentia-se feliz com o fato de ele estar bem? Que vácuo de amor seria esse, que a fazia desejar para ele os mesmos apertos, os mesmos espasmos, a mesma saudade de algo que não existe mais?
Egoísta. E em mais um de seus loucos diálogos, pode ouvir-se responder.
Não é só isso. Eu gostaria muito era de um pouco de solidariedade. Era de saber... “Sim, tudo bem acabou. Mas veja, é triste pra mim também. É difícil. Tudo que foi teve seu significado e foi especial. Tudo que foi me faz falta e de vez em quando, mesmo que pouco, mesmo que só às vezes, aperta em meu peito.”
Ela queria ouvi-lo dizer que não era a única. Que esse sentimento, essa perda, essa falta, não eram só dela.
Ela já sabia que sim, haviam terminado. Que não haveria volta, já que esse não era um caminho que ele sabia ou desejaria trilhar. Que acabou.
Ela sabia disso.
Só deseja enxergar que pra ele também havia o amor. O Sentimento. A perda. A falta. A repetição de palavras que não paravam. Cíclicas. Ainda que por uma noite. Ainda que por alguns minutos. Ainda.
Não, não estava a saudade naquela conversar, não estava no encontro, não estava abarrotada em nenhuma das suas três caixas de e-mail.
A saudade não estava em qualquer lugar, e o amor... ah, o amor.... apenas “dificultaria ainda mais as coisas falar sobre isso.”
Seria mesmo assim tão mau se se encontrassem em um ponto entre todos e tantos sentimentos dela?
É simplesmente triste e as vezes inconformavel situações assim...
ResponderExcluirAdoro quando me entendem. Coisa dos seres que usam o coração, mesmo que quebre a cara!
ResponderExcluirMas para nosso consolo e a nosso favor - como tantas outras coisas, elas veem e passam. :)
(Ufa...)