2 de jun. de 2006

Porque sou igual a minha gatinha...



Mel comia apenas ração. Exigência minha, tentando ser boa mãe, inteligente e prática, decidi que ela não provaria qualquer tipo de comida, exceto a boa, nutritiva, sem sal e pálida ração.
Bem, por razões diversas e intrínsecas ao jeito do mundo girar (leia-se, minha doce avó, quem passava mais tempo em casa do que eu e tinha pena da gatinha que só comia aquela coisa sem graça), Mel foi exposta a mais deliciosa carne moída, brandamente temperada, incrivelmente cheirosa.

Minha avó viajou, o segredo foi revelado.

Mel hoje detesta a ração. Eu – educadora insistente (e profundamente raivosa com toda a situação, arght) – continuo dando APENAS ração e nada mais.
Eis que tenho uma gata rebelde...! Mel aprendeu a subir na bancada da cozinha, abrir panelas... sente de longe cheiro de qualquer guloseima, fica nervosa quando entram na cozinha, não deixa ninguém completar uma refeição sem o crivo dos seus olhinhos apelativos. A comida tem que ser cuidadosamente vigiada nesta residência.

Tenho esperanças (e mesmo agora sou como a gata – otimista!) de que ela esqueça, contente-se, ou ao menos canse das palmadinhas que leva quando se aproxima de um prato de comida. Tenho esperanças de que a ração volte a ser suficiente pra ela e outros prazeres e benesses possam dissuadi-la dos prazeres da carne.

O prato preferido da minha gatinha pode causar mal digestão, prejudicar seu pêlo, sua virtude, o andamento normal e equilibrado dos seus dias... mas ela não está preocupada...


Diz o ditado: tal mãe, tal filha (adaptação nossa).

Meu lado criança não me deixa desistir, independente das palmadinhas da vida. Levo praticamente socos algumas vezes, rs (porque é melhor rir meeesmo, não deixa de ser uma estória engraçada).

E eu, all grown up... so embarassing... Mesmo medrosa quanto às interpretações, deixo maiores analogias a critério alheio...

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